Sobre Dízimos e Ofertas

(O Que Aconteceu Com a Assembleia de Deus na Bahia - Parte XIV)

Citam constantemente o profeta Malaquias para dizer que devemos entregar todos os dízimos na casa do tesouro (entenda-se aqui que, “casa do tesouro”, para eles, é, exclusivamente, o clero assembleiano personificado na pessoa do presidente ou dos diretores da organização), esquecendo-se da continuação do versículo: “para que não falte mantimento na minha casa” (“mantimento na minha casa”, significa: equipamentos que atendam as nossas necessidades, nós, membros e congregados da igreja local).

Além do mais, o substantivo “casa” utilizado no texto de Malaquias, dar a entender que o local de entrega e uso dos dízimos é o mesmo, ou seja, a “mesma casa” que se deve entregar é a “mesma casa” que deve usar. Então, o dízimo deve ser entregue à IGREJA LOCAL, para uso na IGREJA LOCAL.

De outros textos sagrados é que vem a compreensão de que os “sacerdotes” são os responsáveis por sua administração, porém, repito, os dízimos são destinados à IGREJA LOCAL. Os dízimos e ofertas é como uma carta que traz no endereçamento a seguinte inscrição: “DA IGREJA, PARA A IGREJA”.

UMA SUGESTÃO

Cabe aqui uma reflexão sobre a forma de como deve ser organizada uma igreja. Seria muito melhor, em todos os sentidos, após um período de amadurecimento de seus membros e a confirmação da capacidade de atuação autônoma, que a igreja local receba um líder, maduro, espiritual e responsável, para, a partir daí, desenvolvê-la de forma independente, definindo com a membresia local, os projetos e investimentos que formariam a base de seu desenvolvimento.

Substituiríamos o poder unitário centralizador sufocante, por um Conselho Administrativo, composto por um número representativo de Pastores (sem remuneração pela atividade no Conselho), escolhidos pela membresia soteropolitana, seguindo critérios específicos como, tempo de pastorado, formação teológica e acadêmica, etc. Este Conselho teria como função, depurar a doutrina evangélica, separando questões culturais, dos conselhos de Deus, além de fiscalizar a aplicação da “doutrina bíblica”, intervindo naquela igreja em que a maioria absoluta dos membros locais atestasse a incompatibilidade da atuação pastoral, ensejando assim, processo administrativo com substituição da liderança que, no final, fosse confirmado à incompatibilidade.

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