Palavra da Vez: RECONSTRUIR.

(O Que Aconteceu Com a Assembleia de Deus na Bahia - Parte Final)

O maior equívoco do tempo presente é tentar impor aos outros o que gostamos ou entendemos como “gosto de Deus”. A Bíblia Sagrada, ela é a autoridade única no que diz respeito ao “gosto de Deus”. O que precisamos é entendê-la desprovido de qualquer preconceito ou tabu. O que a Bíblia fala, fala. O que a Bíblia não fala, não fala, e se isto não responde nossas questões, que fiquemos sem respostas. Deus ainda hoje, quando quer, fica em silêncio. Precisamos parar de dizer o que a Bíblia não diz e, quando replicarmos suas Palavras, levar em consideração o que Deus é: “AMOR”. “Para o amor não há regras” (Gl 5:22,23).

Meu objetivo não é apenas colocar o “dedo em feridas”, mas ajudar no tratamento e na cura, se é que ainda há tempo para isto. “Põe a tua boca no pó, talvez, assim, ainda haja esperança”. Espero que algumas idéias tenham sido bem postas a ponto de possibilitar sua utilização na obra de Deus, seja na Assembléia de Deus ou qualquer outra denominação. Quero reconhecer de antemão que é mais difícil reconstruir do que construir, todavia, em qualquer momento é possível achar um melhor caminho.

A palavra chave para este momento deve ser: “RECONSTRUIR”.  A reconstrução começa no desejo de ver algo melhor, e em se tratando de igreja, algo que melhor possibilite o alcance de objetivos divinos estabelecidos para a comunidade dos “chamados para fora”. Como já disse acima, o maior entrave é a ganância humana. Nós somos maus!

Em outras organizações religiosas, há um tal de “voto de pobreza”, quando o “obreiro” assume a disposição de não buscar bens materiais e se contentar apenas com o básico para sua sobrevivência. Diga-se de passagem, que estes obreiros não possuem famílias, o que já facilita enormemente esta disposição. Porém, nossos obreiros antigos não viviam na abundância de bens, nem de provisão, mesmo com famílias. Porque hoje não poderíamos fazê-lo da mesma maneira. Com isto, os recursos gastos com carros de luxo, equipamentos de alta tecnologia, casas confortáveis em bairros de classe média e alta, viagens de avião para participação em reuniões de convenções, etc., poderiam ser destinados a ajudar os irmãos que moram em situações insalubres, irmãos que passam fome com a família, idosos que precisam de remédios para seus problemas de saúde e, enfim, para o trabalho do evangelho.

O quadro atual de obreiros que me perdoe, mas, parece que o único jeito de isto acontecer, é a igreja pedindo à Deus que imponha uma “unção de pobreza” (tá na moda novas unções) sobre eles, para todas as vezes que forem utilizar um recurso da IGREJA em situações que poderiam ser utilizados meios mais econômicos, eles sofressem reveses. Infelizmente, parece que só assim. Mas, será que Deus nos atenderia?

Êta! Falando sobre tratamento e cura, disse acima (em outubro/2009): “Se ainda há tempo...” Não sei se vai dá. Estamos em julho/2010. A “coisa” pipocou...

(Quem quiser ler os textos escritos após julho de 2010, retorne ao início do blog. Os textos estão lá. "De que lado você está?", "Minha consciência não está à venda", etc.).

Cá estamos (Junho de 2011) e o que temos são duas organizações religiosas que em si mesmas não justificam suas existências. Pendurados a elas dois grupos de irmãos separados por muros convencionais, incentivados, por um lado, pelas benesses das consagrações fáceis e da possibilidade de liderar outros, mesmo desprovidos de capacidade espiritual para tanto. De outro lado, fomentados pelo espírito de competição e guerra, pessoas se transformam em armas contra o inimigo que querem fazer enxergar no outro grupo que decidiu fazer seu próprio caminho. E assim vamos, tentando sobreviver nos escombros.

Se engana quem acha que caímos no abismo sem nenhum aviso. Avisos ocorreram, porém, nós, homens naturais, fechamos os ouvidos para a voz de Deus e seguimos nossa estrada carnal, amparados pela lógica secularista mamônica que além de nos tornar surdos, fechou nossa visão para os sinais divinos. Como resultado, perdemos tempo, vidas (internas e externas) e nos afastamos tanto que, até mesmo os decentes dentro dessas organizações (eles existem), se tornaram reféns voluntários da insensatez, do orgulho e da vaidade de homens amantes de si mesmos.

Ainda há esperança para nossa denominação baiana? sinceramente, não sei. Olhando para os homens agarrados em seus postos de poder, digo que não. Olhando para Deus e seu propósito para seu povo, digo sim.

Estes acontecimentos me transportam para o povo de Israel no deserto em direção à Canaã. Ficaram caminhando por quarenta anos porque Deus queria se livrar dos ímpios no meio do seu povo. Deus podia chamar de volta suas vidas, mas, não o fez. Deixou que eles cavassem suas próprias covas e sepultassem a si mesmos (Deixem que os mortos sepultem seus mortos - Jesus em Mateus 8:22).

O nosso desafio hoje é sobreviver espiritualmente. Estamos vivendo os últimos tempos e a pergunta que não quer calar é a que Jesus Cristo fez em Lucas 18:8: "quando o Filho do homem vier, porventura, achará fé na terra?" A resposta? "Aquele que se mantiver fiel à Deus até o fim será salvo" (Jesus Cristo em Mateus 24:13). Esse é o nosso grande desafio.

Destaco. "Fiel à Palavra de Deus - Jesus Cristo - verbo", não à clubes religiosos que já perderam sentido de existir por terem se afastados dos princípios cristãos norteadores da vida de quem quer servir à Deus, sejam organizações ou pessoas.

Uma multidão entra pela porta larga e alguns não conseguem encontrar a saída. Mas, a porta estreita continua lá, aberta, disponível para quem quiser. Só há uma recomendação: O caminho é apertado e "quem quiser, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e me siga" (Lc. 9:23), eu conduzirei vocês ao recanto do meu Pai (Jesus Cristo).

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