Pr. Silas Malafaia - Um Guerreiro Solitário

O Pr. Silas Malafaia foi o entrevistado da semana no programa da Marília Gabriela (SBT - 03/02). Na entrevista, dividida em três blocos, a jornalista fez mais do que entrevistar o pastor. Na verdade, partiu para um debate aberto acerca das idéias que considera corretas, atacando o ponto de vista dos outros  quando destoam dos seus (intolerância).

No caso do entrevistado, a jornalista não ponderou que ele representa uma população de, aproximadamente, 25 milhões de pessoas (Isto sem levar em consideração os cristãos católicos. Sem qualquer desmerecimento aos irmãos católicos. Eles possuem a CNBB).

Apesar de algumas discordâncias pontuais, o Pr. Silas Malafaia pensa e diz, o que pensa, e gostaria de ser ouvido, 25 milhões de cristãos que são cidadãos deste país. Ora, sendo assim, não está correta a postura da jornalista em tentar impor seu ponto de vista ao entrevistado, muito menos aos cristãos brasileiros.

Os temas abordados foram os da cartilha da moda: homossexualismo, casamentos alternativos e finanças pastorais. Estava em pauta, também, o aborto, porém, não houve tempo para abordá-lo no programa. Fica claro, para os cristãos, que a intenção da jornalista era, intelectualmente, moer o pastor até deixá-lo sem argumentos. No final, estaria provado que ele seria um homofóbico, fundamentalista e homem especializado em retirar dinheiro de pobres para enriquecer. Deu-se mal, pois, quem defende a verdade jamais fica sem voz.

Como sempre, a entrevista gerou polêmica, principalmente, em razão da colocação do pastor, que inquirido sobre o amor cristão aos homossexuais, disse que amava aos homossexuais como ama o bandido. Quem assistiu a entrevista pode perceber que a resposta foi extraída da colocação anterior do pastor.

A colocação do entrevistado está correta do ponto de vista da doutrina cristã, haja vista que, o homossexualismo é classificado pela Bíblia como pecado semelhante a roubo, alcoolismo, difamação, devassidão e similares (1 Co. 6:10; Rm. 1:27-32). A ideia apresentada foi: "Amo as pessoas, independentemente daquilo que elas fazem, sem que, com isso, tenha que concordar com elas". A colocação não teve o condão de dar aos homossexuais o estigma de pessoas bandidas. Apesar de classificados como pecados, são coisas diferentes. Naturalmente há os interessados em descontextualizar as palavras do pastor e tentar jogar a sociedade contra ele. Normal.

Uma coisa me chama a atenção nas entrevistas realizadas pela jornalista Marília Gabriela. Ela, no mesmo tempo que faz a pergunta, apresenta a resposta, e se o entrevistado não segue na linha de "suas verdades", parte para o ataque na tentativa de convencer o  seu, agora, oponente. Houve momentos que não sabíamos se o entrevistado era o Pr. Silas Malafaia ou  a própria jornalista.

No final do programa, a pegadinha principal. Disse a jornalista ao Pastor: "Que meu Deus (que não é o teu) te perdoe". Porque pegadinha? Ela não acredita em Elohim. Vem daí sua ignorância em relação a "theos".

O Pr. Silas Malafaia tem o apoio do povo cristão que lê a Bíblia e entende os princípios da fé evangélica. Repito. Mesmo discordando um ponto aqui, outro ali, no geral, especialmente nesses assuntos mais caros para o cristianismo no contexto da sociedade brasileira, ele se esforça em nos representar bem. É uma pena que esteja só.

O Pr. Silas Malafaia, mesmo com os arroubos de agressividade (que discordamos) característico do seu temperamento, tem sido uma voz solitária. Será que no Brasil não há outros pastores com preparo intelectual e teológico suficiente para fincar posição, ao lado do referido pastor, na defesa dos valores cristãos? Será que não há outros que assumam a defesa da família tradicional e da heterossexualidade? Será que outros formadores de opinião cristãos, como cantores renomados, especialmente, não tem coragem de levantar a bandeira do evangelho de Cristo?

Que Deus abençoe o Pr. Silas Malafaia, um guerreiro solitário. Voz de defesa dos princípios cristãos num Brasil de cristãos mudos.

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