A Crise de Identidade e a Falsa Justiça da Reencarnação Espírita


Um dos ensinos da religião espírita é a reencarnação.  A reencarnação é voltar a viver num novo corpo físico. Este conceito causa um problema para o espírita. Como na peça teatral “Hamlet” de William Shakespeare, a grande questão que surge daí é: “ser ou não ser”.

Segundo a religião espírita a pessoa reencarna sucessivas vezes, e por esta razão, ela, em qualquer tempo, terá problemas no que diz respeito a sua identidade. “Ela é o que não pode ter certeza de ser, pois, em vidas passadas, pode ter sido outra coisa”.  Ela pode ter sido um homem, ou uma mulher, ou até mesmo um amigo ou inimigo do próprio filho, mulher, pai, mãe, etc.

Considerando que “identidade” é o conjunto de caracteres próprios e exclusivos com os quais se podem diferenciar pessoas, animais, plantas e objetos inanimados uns dos outros, quer diante do conjunto das diversidades, quer ante seus semelhantes, temos que, “se” a reencarnação fosse verdadeira, teríamos a construção de seres em lotes e não individuais. Seríamos grupos de si mesmos (?).

Outro problema que, aparentemente, a religião espírita tenta resolver, é a questão da “justiça”. Claro, do ponto de vista humano. Na tentativa de encontrar resposta para o porquê de algumas pessoas nascerem com algum tipo de anormalidade, acreditam ter, essa pessoa, praticado algum erro em vidas passadas e, por isto, está passando pelo sofrimento aqui nesta vida.

Quando pensamos na questão de maneira inversa, ou seja, porque nesta vida alguém sofreria por erros que nem mesmo lembra ter praticados numa vida passada? A justiça aí não se faria correta, pois, o infrator não tem “consciência” do seu erro. Sendo assim, um “inocente” paga por um erro que, pela sua consciência, não praticou.

Há outra coisa a ser considerada. O objetivo da justiça não é apenas apenar o infrator, mas, também, corrigí-lo. Logo, sem “consciência do erro cometido”, não haverá eficácia na correção do suposto erro praticado.

Como visto, a reencarnação não resolve nenhum problema, nem ampara justificativa alguma para os casos incompreensíveis da natureza. Pelo contrário, esta busca desesperada do homem por respostas o conduz a caminhos (Pv. 16:25) estranhos e ilusórios que, invés de ajudá-lo na sua trajetória de vida, o confunde, afastando-o da luz e lançando-o cada vez mais em trevas profundas.

Sou o que sou em função das características pelas quais sou identificado, e estas características me tornam “único” no universo e, principalmente, diante de Deus – O Criador. Sou Eliel, sou pai, sou esposo, sou irmão, sou filho, sou trabalhador e, diante das qualidades e defeitos próprios envolvidos nas diversas atividades que estou incluído, sou facilmente identificado. Esse sou eu.

Dois textos bíblicos para reflexão.

Hb. 9:24-28“Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus; 25 Nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no santuário com sangue alheio; 26 De outra maneira, seria necessário que ele padecesse muitas vezes desde a fundação do mundo. Mas agora na consumação dos séculos uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. 27 E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo, 28 Assim também Cristo, oferecendo-se uma vez para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação”.

Rm. 14:12“Tu, porém, por que julgas teu irmão? E tu, por que desprezas o teu? Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus. 11 Como está escrito: Por minha vida, diz o Senhor, diante de mim se dobrará todo joelho, e toda língua dará louvores a Deus. 12 Assim, pois, cada um de nós dará contas de si mesmo a Deus”.

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