Filadélfia - A Igreja do Amor Perfeito
Texto Áureo:
1 Jo 2.5 - Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele.
O amor deve ser sem acepção. Não há distinção entre uma e outra pessoa que o amor quer alcançar. Todos são alvos do verdadeiro amor. Todavia, amor só se caracteriza como tal quando se manifesta em obras de justiça, pois, o amor não anda só. Ele se faz acompanhar pela compreensão, pelo perdão, pela longanimidade, pelo altruísmo e pela vontade de ajudar alguém.
Eu posso dizer "Amo Minha Família", porque me doo à ela, atendendo suas necessidades e esforçando-me para satisfazer suas carências. Além disto, em todo tempo, mantenho a disposição de, se necessário for, me sacrificar no lugar e por ela.
Sem as obras, o amor é apenas uma falácia contada por uns e repetida por outros.
Leitura Bíblica em Classe:
Ap. 3:7-13 - E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo, o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi; o que abre, e ninguém fecha; e fecha, e ninguém abre: 8 Conheço as tuas obras; eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a minha palavra, e não negaste o meu nome. 9 Eis que eu farei aos da sinagoga de Satanás, aos que se dizem judeus, e não são, mas mentem: eis que eu farei que venham, e adorem prostrados a teus pés, e saibam que eu te amo. 10 Como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra. 11 Eis que venho sem demora; guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa. 12 A quem vencer, eu o farei coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá; e escreverei sobre ele o nome do meu Deus, e o nome da cidade do meu Deus, a nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus, e também o meu novo nome. 13 Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.
Esta é a carta mais apreciada pelos cristãos de maneira geral. Objeto de canções e de identificação dos cristãos fiéis. Todos, indistintamente, buscam reportar sua fé pessoal como a fé que o capacita a fazer parte da igreja de Filadélfia. Apesar do interstício de tempo, quando estamos voando nas asas do Espírito Santo, nos enxergamos como integrantes da igreja fiel mencionada neste texto em Apocalipse.
Filadélfia significa “Amor fraternal”. E isto nos concede uma boa pista da justificativa do por que o pastor desta igreja não foi repreendido pelo Senhor em nenhum momento. Outro detalhe interessante é que quando se reporta à igreja, Cristo se dirige às comunidades cristãs que viviam nestas cidades e não necessariamente Congregações no sentido de templos, prédios ou construções, as quais foram construídas posteriormente para serem locais de reunião e culto. Disto se depreende que o pastor era aquele que vivia em contato constante com as pessoas e não com a organização religiosa.
Apesar dos bons indicativos desta comunidade diante do Senhor, a existência de “problemáticos” na igreja em Filadélfia também foi notada por Jesus. Observando no versículo 9, haviam “os da sinagoga de Satanás”, aqueles que pareciam cristãos, mas, não eram. Na verdade, mentindo, se faziam passar por integrantes daquela igreja sem assumirem um compromisso real com Cristo. Jesus os identifica desta forma, salientando que este comportamento não ficaria sem uma “justa” penalização.
A forma como este assunto é abordado e a isenção concedida ao pastor dão mostras de que seu comportamento não era de cumplicidade com o erro. Pelo contrário, o que nos reporta a uma certa tensão entre este grupo e seu pastor. Observe que Jesus quando trata da penalidade a ser imposta a eles [os falsos cristãos], diz que os fará que adorem prostrados aos seus pés [pastor] e saibam que [Jesus] o ama [pastor].
Como todo pastor sincero, a luta entre manter a fé pessoal e a chamada ministerial esgota as forças espirituais. É uma luta doída, solitária e ingrata. O pastor de Filadélfia lutava contra o desânimo e insistia na manutenção da fé sincera em Cristo, assumindo os riscos e as dores de um compromisso com a verdade cristã.
Há semelhança aqui com o atual ambiente cristão em nossa pátria, Brasil, onde pastores sinceros se deparam com injustiças, com apostasia, com falsas doutrinas promovidas por falsos cristãos e falsos pastores, e ingratidão. Porém, esta carta à Igreja em Filadélfia é um alento, pois, utilizando-a como parâmetro, Cristo jamais deixa de enxergar estas injustiças e as dores causadas aos seus servos. O Senhor, como conhecedor de todas as coisas, constata a pouca força do pastor na caminhada ao eterno. Não é sem razão que Cristo informa ser Ele que, quando quer, opera e ninguém consegue impedir (Is. 43:13). Diante da pouca força daquele anjo da igreja, Jesus mantém a porta aberta como quem tem paciência para esperar sua chegada ao ponto final.
Aos pastores sinceros: “O Senhor é longânime no suportar vossa pouca força e poderoso para vos sustentar até aquele dia”.
Conclusivamente, Jesus traz a informação “da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo”, tranquilizando aquele homem de Deus sobre o fato de que, como ele procurou, nos limites de suas forças, manter-se fiel ao Senhor, Jesus o guardará desta hora que devastará a humanidade. Conclamando a todos que se mantenham vigilantes, pois sua vinda é sem demora, alerta para a guarda da coroa conquistada e a renovação de suas forças na esperança da habitação eterna com Deus.
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