As Contrariedades de Cristo... As Minhas Contrariedades.

Quando viveu entre nós, Jesus era 100% homem e 100% Deus. Segundo o escritor aos Hebreus (2:18), Ele, em sua forma humana, padeceu as mesmas tribulações que nós, reles mortais. Isto significa que durante sua estadia aqui Jesus enfrentou estas mesmas sensações e sentimentos que mexem com nossas emoções atualmente.

Sendo Filho de Deus, sua noção de justiça, amor, confiança, perdão, benignidade, era a mais clara possível. Nítidamente sabia, e sabe, distinguir uma ação correta de uma outra incorreta. E qual era sua reação ou sentimento nessas horas? Irritação? frustração? angústia? cansaço?

Eis o que registra os evangelhos a cerca das reações e/ou sensações de Cristo.

Mt. 12:34 - "Raça de víboras, como podeis vós dizer boas coisas, sendo maus? Pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca." - Jesus está INDIGNADO com os fariseus que, aparentemente defendo sua religião, alegaram que o Cristo fazia as obras que fazia pelo espírito de belzebu.
 
Mt. 16:4 - "Uma geração má e adúltera pede um sinal, e nenhum sinal lhe será dado, senão o sinal do profeta Jonas. E, deixando-os, retirou-se." - Jesus parece FRUSTRADO com o resultado colhido no coração daquela geração, representada pelos fariseus (de novo) e saduceus. É como se Ele falasse: "Tenho feito tudo que faço e vocês continuam sem acreditar em mim". Observem. Jesus se retira e deixa-os. É a mesma sensação que atravessou o coração de Isaías (Is. 53:1) e atravessa o nosso nos dias atuais.
 
Mt. 26:45 - "Então chegou junto dos seus discípulos, e disse-lhes: Dormi agora, e repousai; eis que é chegada a hora, e o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores." - Jesus tinha levado seus discípulos para orar com ele e, depois de tentar mantê-los acordados, DESISTE de insistir para que permaneçam vigiando em oração. Jesus disse: "Ok. DESISTO. Durmam."
 
Mt. 21:12 - "E entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que vendiam e compravam no templo, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas." - Jesus não suporta a afronta dos vendedores do templo e além de expulsá-los do templo, DERRUBOU suas mesas e cadeiras. Jesus estava IRADO.

É da natureza humana sentir raiva, ira, ódio, furor. Por esta razão, a Palavra de Deus permite-nos sentir raiva ou ódio, porém, adverte-nos do dever de impedir nossa carne de alcançar o pecado como resultado deste nefasto sentimento (Efésios 4:26). Ainda, concomitante, o apóstolo Paulo, no mesmo texto, recomenda que não permitamos que este sentimento permaneça abrigado em nossos corações depois do sol se pôr.
 
Cristo Jesus, em Mateus 5:22, aponta-nos esta realidade quando condena o ódio à alguém "sem motivo". Aqui recebemos a informação de que há motivos justificáveis para o ódio. Assim, conforme os exemplos de Cristo apontados acima, necessário se faz que o pano de fundo gerador do ódio seja avaliado e, a partir desta verificação, obtermos a medida exata de como anda nosso coração diante d'Aquele que rege as relações interpessoais, DEUS.
 
Podemos nos envolver em situações que "exigem" uma certa indignação, caso contrário, estamos apenas corroborando ou, no mínimo, já nos acostumamos com o erro, com o mal ou com o pecado. Daí, nos tornamos cúmplices das mesmas iniquidades (Rm. 1:32). Temos os exemplos da corrupção, da fraude, da mentira, da falsidade, da inimizade gratuita, da violência, da vulgaridade, da promiscuidade, do partidarismo, do orgulho, enfim, uma série de ações e sentimentos considerados "normais" nos dias atuais, inclusive no meio cristão, que nos mancha a alma. E o que fazer? No mínimo, ODIAR tais práticas.
 
Quando nos alimentamos da Palavra de Deus, permitimos a nossa alma se moldar ao padrão de comportamento e aos mais nobres sentimentos divinos. Desta forma, tudo que NÃO for verdadeiro, amável, puro, de boa fama ou que inspire louvor, despertará ÓDIO em nós. Não um ódio que lança o pecador no inferno, mas, que o faça despertar para o fato de que aquilo que ele está fazendo é mal e receberá de Deus a devida punição.
 
É da natureza divina amar, perdoar, ter paciência e ser longânimo para com todos. No entanto, o amor divino permanecerá eterno para com todos, mas, o perdão, a paciência e a longanimidade será interrompida para alguns. Ou Deus permanecerá perdoando a humanidade para todo sempre? A Bíblia informa que não, em Sf. 1:14,15, em Is. 34:8; 61:2 e em todo o livro do Apocalipse, pois alerta sobre o "DIA DA VINGANÇA DO NOSSO DEUS", que é o dia da devida retribuição, ou castigo, ou punição.
 
Os que honram Deus, os indignados com o mal, animem-se. Os que praticam a iniquidade e nos causam indignação, preparem-se. O grande dia está próximo, quando ELE retribuirá a cada um, conforme suas obras e palavras.

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