Precisamos Nos Lembrar Que Somos "Seres Humanos", Seja Mulher ou Homem.

Porque dividimos tanto? Porque imaginamos que, separando-nos por grupos de interesse, melhoraremos nossa condição como sociedade? Porque estudamos tanto, lemos tanto, conhecemos tanto e parecemo-nos tão perdidos como gente?

Aqui estamos em 08.03.18, em mais um "Dia Internacional da Mulher". Propaganda, elogios, políticas afirmativas, notícias que, aparentemente, visam combater a discriminação contra elas e por aí vai. A enxurrada de mensagens dirigidas às mulheres são tão avassaladoras que, pasmem, até mulheres se cansam dessa hipocrisia. Porque apenas no "dia das mulheres" nos lembramos... "das mulheres?".

Convivo diariamente com três mulheres (esposa e filhas) e, lá em minha casa, não precisamos de propaganda e/ou políticas de proteção e valorização das mulheres. Porque não? Porque nos respeitamos como seres humanos em sua plena condição de "humanos". Respeitamo-nos o direito a independência, a opinião, a escolhas pessoais e, até mesmo, a não escolher, a errar, a não gostar, etc. As mulheres da minha vida têm os mesmos direitos que eu tenho, e são valorizadas e protegidas por simplesmente serem gente. São perfeitas? Não, não são, como nós, homens, também não somos.

Então, essas campanhas anuais de valorização das mulheres servem apenas para acomodar as consciências pesadas dos culpados (ou culpadas) pela discriminação no tecido social. O fator "ser humano" é tão determinante que não podemos esquecer que "mulheres, também, discriminam e/ou desvalorizam outras mulheres pela cor de sua pele ou pela sua condição social" (canso de ver no metrô jovens mulheres sentadas que resistem ceder seu lugar a outras mulheres grávidas).

O que precisamos, fundamentalmente, é nos respeitarmos como seres humanos. A sociedade que entende e pratica isso não paga salário menor à quem exerce a mesma função e possui a mesma competência, tenha o sexo que tiver. A mesma prática se aplica a outros aspectos da vida cotidiana, como no aspecto da violência (moral e física), pois, uma sociedade que se respeita como sendo de seres humanos, não violenta o outro, seja quem for.

Entendo que o mais importante nesta quadra não são os votos de felicidades que você direciona às mulheres da sua vida e da vida do outro, é como você as trata todos os dias. Eu grito "viva as mulheres!", não com minha voz. Grito com as atitudes de respeito que direciono à minha esposa, minhas filhas, minha mãe, minhas irmãs, minhas colegas e as desconhecidas. A razão é uma só: "São Seres Humanos". Isto basta.

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