EM QUAL DOS DISCÍPULOS DE JESUS VOCÊ SE VÊ?


Me vejo em Pedro.

 

Fase 1 – Quando comecei a cuidar das minhas coisas desta vida, fui visitado por Cristo. Ele veio falar comigo. Dei-lhe atenção, ouvi sua mensagem e aceitei seu convite de ir com ele. Aceitei confiar. Decidir deixar de lado tudo que importava na vida e segui-lo.

Estudos? Cristo primeiro. Trabalho? Para ser útil ao reino do Pai. Família? Para ser exemplo de que seus ensinos são aplicáveis. Ministério? Serviço.

Primeiro, o reino. Depois, as demais coisas.

 

Fase 2 – Fui impregnado por seus princípios e valores. Com sede, fui à fonte e bebi. À proporção que bebia, deixava cair ao meu redor gotas dos intermináveis ensinos que aprendia e saí por aí... contando à todos que quisessem ouvir, os princípios e valores que ele me ensinou, fundamentais para uma vida sustentável neste mundo de Deus.

Ofendê-lo era me ofender e, ato contínuo, sacava a espada da retórica para defendê-lo. Considerava que seria capaz de protegê-lo...

 

Fase 3 – De repente, Cristo que andava ao meu lado pelas ruas empoeiradas da vida, que estava a mesa, comendo comigo e me falando da graça divina que abraça a todos e os torna iguais, aquele Cristo que estava perto todos os dias e em todos os momentos, foi afastado de entre nós e apresentado nos “palácios reais”. Os reis o mostra como troféu... um réu.

É um Cristo diferente daquele que outrora andava comigo e me chamava de irmão. Agora é um Jesus manietado, humilhado, mudo, enfraquecido, machucado e moribundo. Não se parece em nada com o Cristo que me contou dos seus feitos entre os homens (Mandava o vento se calar, determinava que o mar se acalmasse, demonstrava seu poder extraordinário em milagres extraordinários e, desta forma, suas palavras me enchia o coração com graça e minha mente com esperança). Emudeci.

 

Fase 4 – A distância se interpôs entre eu e ele, e então, a solidão me afligiu e as dúvidas tomaram de assalto a minha mente e o meu coração. Distante, passei a observar sua inércia e, indignado, a aceitação do que lhe afligia os homens. Frustrado, me misturei a multidão dos que duvidam e evito-lhe até mesmo um olhar. Fugindo dos incômodos de ter sido um deles, neguei o discipulado e a fé.

 

Fase 5 - Uma canção de João de Alexandre diz: “Vou pescar... parece que acordei de um longo sono, parece até que eu parei no tempo, parece até que nada aconteceu. Vou pescar... quem sabe ele apareça novamente, quem sabe volte a me chamar de amigo, quem sabe chegue andando sobre as águas... quem sabe.” Voltei para a vida comum dos reles mortais e deixei de lado a devoção.

 

Fase 6 – Agora sou só um entre todos, com meus defeitos, meus dramas, minhas lutas e meu desafio por sobreviver e proteger aqueles que me são obra e responsabilidade. Tento não me importar com o que dizem os da religião e os sem religião. São só palavras, nada mais.

Faço parte da multidão dos que estão nas águas, se afogando e lutando desesperadamente para viver... enquanto a morte não chega. Não estou na proa do iate com uma vara de pesca na mão, bebidas e comidas á vontade, envolvido por um clima agradável que embala uma vida de conforto e despreocupação. Estou nas águas com a multidão dos que foram enganados.

Sobreviver é assim. Você luta todos os dias para respirar o pouco ar que lhe resta, para se movimentar no pouco espaço que lhe sobra, e evita pensar nas injustiças e nas frivolidades desta vida sem sentido como há muito tempo dizia o “pregador”. A vida só é vida quando manifestada no espaço e no tempo, se relacionando com outras vidas através de palavras e, principalmente, atitudes. Sem isso, é apenas uma quimera.

 

Fase 7 – Cristo está morto no domínio dos homens. Eu estou aqui, esperando que ele ressuscite e venha me vê. Que ele traga o fogo e o peixe, para que a gente sente, converse e coma juntos como antigamente.

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