Os Cristãos Cidadãos e o Estado Laico.

Uma proposta de lei, de autoria do tucano João Campos, de Goiás, um dos mais atuantes integrantes da bancada evangélica, estende às organizações religiosas a prerrogativa de contestar a constitucionalidade das leis no Supremo Tribunal Federal (STF).

Esta proposta, apesar de estar em fase de tramitação e ter sido aprovada apenas na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, já começa a encontrar críticas contrárias sob o fundamento do tal estado laico. Entendem como estado laico aquele que estremece ao ouvir o nome "religião e políticas públicas" juntas.

O Brasil é, queiram ou não os anticristãos, um país com uma população majoritariamente cristã. E, por esse pressuposto, é desinteligente imaginar uma população que deve guardar sua religiosidade quando vai votar e quando vai tratar de políticas públicas. Na cabeça dos "anti", o cristão deve, ao deitar para dormir depois de um dia de trabalho, guardar sua religiosidade num baú e só retirá-la de lá quando for à igreja, tendo o cuidado de devolvê-la à sua prisão logo que retorne do templo.

Ser cristão é viver sua religiosidade nas vinte e quatro horas do dia, permitindo que os princípios cristãos sejam os gestores de sua vida, incluindo aí, suas decisões. Não somos esquizofrênicos para viver alienados em nossa nação, ou melhor, com a cabeça no mundo da lua.

Ser cristão é viver a vida tentando imitar Cristo não apenas quando se vai à igreja, mas, em todas as suas relações sociais. Esta é, inclusive, a maior marca dos cristãos na sociedade. Não é por esta razão que este segmento tem resgatado pessoas dos vícios e restaurado famílias e cidadãos para o Brasil e para o mundo? Essa pretensa religiosidade que separa vida espiritual da social é balela de quem não sabe nem o que é religião.

Mas, já que defendem esse estranho estado laico, porque não têm coragem de propor que os cristãos, como não devem misturar políticas públicas e religião, sejam isentos de pagar impostos, afinal, não é justo pagar e ser impedido de participar das decisões relativas as políticas públicas realizadas com o dinheiro arrecadado. Vamos lá, tenham coragem de propor que os cristãos sejam proibidos de votar ou se candidatar a cargo público; ousem proibi-los de integrar os órgãos de controle social, as polícias militar e civil, porque são os braços fortes da lei para manutenção da ordem pública.

No Brasil, como no restante do mundo, tá virando moda combater o cristianismo por puro preconceito e ignorância. Isto mesmo. Observem que religiões de outras matizes não são perseguidas ou vítimas de agressão gratuita. E eles fazem isto por acreditar que, como seguidores de um homem que sofreu as dores "mudo como ovelha levada para a tosquia", nós, também, sofreremos calados. Ei! entenda. Ele, Jesus, já sofreu calado, e isto bastou para nos garantir salvação espiritual e eterna. No entanto, enquanto nos derem voz (isso é democracia), exerceremos "nosso DIREITO como legítimos cidadãos brasileiros".

Eles esquecem que o voto de um cristão tem o mesmo peso do voto de um pagão, e quando se trata de segmento, aqui no Brasil não há um com a quantidade de integrantes semelhante (e crescendo). Pensem nisso, porque nós, cristãos, além de estarmos atentos, estamos num processo de conscientização cada vez maior de nosso povo.

Com a chegada do PT ao poder, bem disse um ex-ministro do STF, "os idiotas perderam a modéstia" (Nelson Jobim - 06/2011). Pois, é. Estamos vivendo tempos em que a idiotia se tornou qualidade fundamental para excelência na república.

E já que não costumam ouvir os conselhos de Cristo, aceitem o conselho do Rei da Espanha.

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