Por Rodrigo Constantino Na semana que passou, estive preocupado em me proteger do devastador furacão Irma, enquanto o Brasil falava da mostra “cultural” do Banco Santander. São imagens devastadoras também, ao menos para o cérebro das crianças (e elas estiveram na exposição, sem limite de idade). Tinha até pedofilia racista e zoofilia, um espetáculo de baixaria promovido com recursos públicos da Lei Rouanet. A arte sempre teve um tom subversivo, e muitas vezes chegou a chocar. Mas eis a mudança na era pós-moderna: hoje tudo que choca é considerado arte. O intuito é só chocar, quebrar tabus, os poucos que restam. E se tudo é arte, nada é arte. Os “artistas” passaram a chamar lixo de arte, e isso é a morte da verdadeira arte. Inúmeros brasileiros se revoltaram nas redes sociais, e milhares de correntistas do banco ameaçaram cancelar suas contas. O MBL assumiu a liderança de uma campanha contra a mostra, e o próprio Santander achou melhor encerrar a coisa, para desespero do curado...