Jovens Motivados = Objetivo Comum, Identidade e Participação
(O que aconteceu com a Assembléia de Deus na Bahia - Parte V)
Acredito que a solução prescinde de uma ação da liderança pastoral, que precisa esquecer “um pouco” seu “eu” e devolver à casa do tesouro os mantimentos que ela sente falta. É preciso lembrar quais são as atribuições exclusivas do pastor, salientando que as ovelhas estão esperando seus cuidados, isto porque, apesar de estarem no aprisco, sentem falta de boa alimentação, proteção e carinho. Por todo lugar há ovelhas gemendo...
No que diz respeito a juventude, é preciso lembrar que o ânimo jovem nasce quando ele está integrado, desde seus primeiros passos espirituais, a projetos e atividades-fins da igreja. Dando aos jovens oportunidades no desenvolvimento de projetos ligados as atividades-fins da Igreja, ele se manterá com espírito animoso, alegre e santificado.
Quando tratamos de projetos ligados as atividades-fins da Igreja como estímulos para o ânimo da juventude [e demais faixas etárias], percebemos a responsabilidade da liderança pastoral no desânimo crônico que afeta nossos jovens. É o corpo diretivo da Igreja que deve fomentar esses projetos e atividades, e quando não o faz, está influenciando, direta e negativamente, o “ânimus da turma”.
Lembremos que, nos bons tempos, o Congresso de Jovens era idealizado, organizado, coordenado e patrocinado pela direção da igreja. Para o congresso, nasceu o GCM – Grande Coral da Mocidade. Em razão disto, o efeito nas congregações era sentido. Jovens animados, preocupados e ansiosos em participar e fazer acontecer um trabalho, quantitativamente maior e qualitativamente melhor. Envolvidos em coordenação, hospedagem, alimentação, transporte, segurança, música, apoio, etc., se doavam inteiramente, independentemente dos sacrifícios exigidos. Isto os motivavam a tal ponto que, ao término do congresso, se despediam uns dos outros deixando no ar o gostinho de “quero mais”.
Este clima acontecia porque os jovens, primeiro, tinham um ideal comum; segundo, se identificavam com o grupo; e, terceiro, se esforçavam para corresponder com a responsabilidade que lhe atribuíram. Paralelo a estes ingredientes motivacionais, o Espírito Santo ordenava a sua bênção sobre as suas cabeças (Sl. 133). Eis aí o que é necessário para motivar uma pessoa: Ter objetivo comum, identificar-se com o grupo que faz parte, e ter participação direta nas ações para alcance do objetivo traçado. Ninguém melhor que o pessoal dessa faixa etária para atestarem isto.
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