Um Pai Que Chora.

O pai chora quando se imagina traído injustamente e não consegue compreender as circunstâncias que o cercam;
 
O pai chora quando ameaçam seus filhos e os vê alvo da maldade humana apenas porque os homens crescidos não conseguem imitar a pureza e a inocência infantil;

O pai chora, quando a própria mãe resolve matar seu filho antes mesmo de nascer;
 
O pai chora quando tem que fugir do seu lugar como ato de bravura e proteção familiar;
 
O pai chora quando percebe a sua impotência diante da dor de sua esposa por carregar no seu ventre um filho seu;
 
O pai chora quando não consegue reunir recursos financeiros suficientes para cobrir seu povo de dignidade;
 
O pai chora quando imagina o filho num berço de ouro e o vê numa mangedoura;
 
O pai chora quando vê seus filhos crescerem sem o amparo que lhes daria melhores condições estruturais para encarar a vida e serem vencedores;
 
O pai chora quando não lhe dão o respeito;
 
O pai chora, quando no final de sua caminhada, por mais esforço que tenha feito, dar de cara com a realidade de não ter conseguido ser o pai que deveria ter sido.
 
O pai chora...
 
Mas, de repente, o pai encontra em seus dedos uma foto. A foto de seus pequeninos sorrindo. Pelas dores que sentiu, por todas as lágrimas que tenha derramado ao longo de sua caminhada, ele olha aqueles sorrisos e conclui: Sim! Valeu a pena.
 
O pai se cala... e sorri.

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