A Artista Que Se Imagina "Legislativo, Executivo e Judiciário".

29.01.2012 - 7:04
A roqueira Rita Lee, 67 anos, foi detida em Aracaju na madrugada deste domingo (29). Prenderam-na depois da realização de um show na capital sergipana, sob a acusação de “desacato”.

Entre uma música e outra, Rita avistou a presença de policiais na platéia. Abespinhou-se. Convidou-os a se retirar: “Vocês são legais, vão lá fumar um baseadinho.” Súbito, um dos policiais achegou-se ao palco. Rita dirigiu-lhe qualificações inamistosas: “cavalo”, “cachorro”, “filho da p...”. Desafiou-o: “Sobe aqui”.

A despeito do entrevero, a polícia absteve-se de interromper a apresentação. Abordada no final, Rita foi em cana.

(Fonte:http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br)

Comento:

Alguns artistas, a exemplo da roqueira mencionada na reportagem, acreditam possuírem o mandato majoritário outorgado, sabe lá Deus por quem, para estabelecer e revogar as leis. Acostumados ao ambiente de época da ditadura militar, onde as manifestações contrárias ao regime eram consideradas heroicas, não conseguem se atualizar e entender como viver num estado democrático de direito. Acreditam estarem acima do bem e do mal, podendo, ao seu bel prazer, estabelecer o que as pessoas podem ou não fazer.

No Brasil o uso da maconha ainda é considerada crime, e por tal, a polícia tem o dever de coibir, aplicando os rigores da lei a qualquer brasileiro, inclusive Rita Lee. Além do mais (vi a cena na TV), como retratado acima, ela agride gratuitamente os policiais apenas pelo fato de estarem limitando a “liberdade” dos seus fãs de fazerem o que quiserem.

Na verdade, a Sra. Rita Lee, representando um monte, não confunde regimes. O que ela não consegue é viver num estado de direito, ela não consegue conviver com limitações em sua existência imposta pelos outros. O regime que ela gosta é a anarquia, a ausência de qualquer ordem. Só não compreende que uma sociedade não sobrevive com o caos, pois, é preciso um mínimo de regras para que pessoas possam conviver umas com as outras. Na anarquia quem impõe leis é o mais forte. Ela gosta da anarquia, pois a falsa sensação de força que o fato de ser uma artista conhecida lhe dá, lhe cria um ambiente em que, acredita, pode fazer o que quiser e nada lhe será cobrado.

A Sra. Rita Lee se imagina o "Poder Legislativo", porque se acha no direito de revogar leis; se imagina o "Poder Executivo", haja vista que, como pode revogar leis, por via de consequência, pode dar ordens à Polícia Militar; se imagina o "Poder Judiciário", porque, como não há leis, ela não pode responder por crime que, acredita, não cometeu. Então, ela determina aos seus fãs: "podes fumar teu baseado e, "garanto", nada acontecerá". Ela se acha acima do bem e do mal.

Naturalmente, alguns integrantes dessa mesma estirpe vão aparecer em sua defesa e achará um absurdo o que a Polícia Militar de Sergipe fez. Essa turma se acostumou a fazer o que dá em suas cabeças e serem tratados como heroínas e heróis. O problema é que não entendem que são heroínas e heróis de um tempo que se foi.

Há leis no Brasil estabelecendo a maconha como droga e, de fato, é. Se quiserem mudá-la, convençam os deputados e senadores a fazerem. Assim é que funciona num regime democrático, isto porque, no Estado Democrático de Direito quem estabelece as leis e as revogam são os representantes do povo. Bem ou mal, são eles que receberam mandato para isso. Aos demais, cabe cumprir as leis estabelecidas, caso contrário, a Polícia Militar e o Poder Judiciário tem o dever de discipliná-los. Assim é o viver em uma sociedade democrática.

Está de parabéns a Polícia Militar do Estado de Sergipe. Agora cabe ao Poder Judiciário educá-la, já que a escola e a família que ela frequentou não tiveram êxito.

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