Guerreiros "do ou Pelo" Templo da Capelinha: "Guardem as Espadas!!!"

“E eis que um dos que estavam com Jesus, estendendo a mão, puxou da espada e, ferindo o servo do sumo sacerdote, cortou-lhe uma orelha. Então Jesus disse-lhe: Embainha a tua espada; porque todos os que lançarem mão da espada, à espada morrerão. Ou pensas tu que eu não poderia agora orar a meu Pai, e que ele não me daria mais de doze legiões de anjos? Como, pois, se cumpririam as Escrituras, que dizem que assim convém que aconteça? Então disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e varapaus para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes” (Mt. 26:46-50).

Nenhuma autoridade é maior do que a de Jesus. Inicio este texto assim, na tentativa de que nossos irmãos se despertem para a realidade da manipulação consciente ou inconsciente que fazem conosco.
Nós, enquanto Cristãos, somos discípulos de Cristo, e como tal, estamos num constante aprendizado. Se nosso Mestre é Jesus, entendemos que de suas Palavras beberemos e, sem questioná-Lo, aceitaremos seus mandamentos (Jo. 15), colocando-os em prática.
Infelizmente, envolvido pelo elo familiar e cristão com os embates pela posse da Assembléia de Deus em Capelinha de São Caetano, fui, com lágrimas, conversar com Deus em oração. Expus meu coração à Deus e este texto veio à minha mente. Não ouso dizer que foi Deus quem colocou (não me arrisco a usar o Nome de Deus em vão), apenas lembrei-me dele. É um texto que vem à minha mente no momento certo.
No episódio registrado por João, dois grupos se encontram. Qual o objeto de disputa: CRISTO. Uns, os servos do sumo sacerdote ou soldados do templo acompanhados de Judas, queriam prendê-lo para julgá-lo e matá-lo. Outros, os discípulos de Jesus, defendê-lo.
A disputa era a vida de um homem. Mesmo que fosse um homem comum, e não Jesus, o Filho de Deus, já seria uma missão honrosa para os discípulos defenderem sua integridade física (humanamente falando). No entanto, vale dizer, talvez tivesse sido um homem comum, não houvesse tanto empenho na defesa de sua vida (Basta ver os inúmeros dos que foram lançados para as feras nos trágicos espetáculos do Coliseu de Roma ou, então, as várias guerras em que muitos morreram sem nenhuma intervenção dos religiosos para impedir tais mortes).
Neste episódio, Pedro toma a frente de Cristo e, tomando sua espada, desfere golpes contra os soldados do templo. Neste momento, Jesus, SURPREENDENTEMENTE, interfere...
“... Guarde tua espada, homem!” Opa! Jesus, invés de motivá-lo em sua defesa, o repreende.
É verdade. Cristo pensa e age de maneira diferente do homem carnal. Por esta razão, é difícil compreender o evangelho de Jesus e, muito menos, praticá-lo. Certamente, Pedro não entendeu nada:
- O que estava acontecendo? Os errados são eles, os soldados do templo e Judas, não eu.
Vamos recordar. Para Jesus, os seus são aqueles que fazem a vontade do Pai que está nos céus, não quem O defende com armas carnais (Mc. 3:31-35; Mt. 26:47; Jo. 15:14).
Vale destacar, levando em consideração o tema abordado aqui. PRESTE ATENÇÃO: INDEPENDENTEMENTE DE QUEM ESTEJA UTILIZANDO ESTAS ARMAS, SEJAM REPRESENTANTES DA CEADEB, SEJAM REPRESENTANTES DA ADESAL OU CONFRAMADEB ou QUALQUER OUTRA AGREMIAÇÃO QUE O VALHA.
Cristo, em sua passagem por nós aqui na terra, tinha como um de seus objetivos preparar seus discípulos, não os soldados do templo. Precisava esclarecer a diferença entre ser religioso, defensor cego e ferrenho dos ritos e das tradições (características dos religiosos no Séc. I, “herdeiros” da Lei), do ser Filho de Deus, doador da própria vida em favor do irmão. Ele sempre tratou da essência (Lc. 6:45), como é característico do Seu evangelho.
Quem deveria carregar Sua essência eram os que foram chamados por Ele, não os que serviam ao templo. A violência, o desequilíbrio, a insensatez, a maledicência, a brutalidade, o ódio, são instrumentos da carne (Gl. 5:19-21), e a carne luta contra o Espírito, mesmo quando pensamos lutar a seu favor.
Jesus, profundo conhecedor das Escrituras, mesmo por que, sendo Ele quem a inspirou, conhecia o texto que diz: “Não é por força, nem por violência, mas, pelo meu Espírito, assim diz o Senhor dos exércitos” (Zc. 4:6).
- Oh! Senhor, como é difícil entendermos isto (1 Co. 2:14).
Agora, abrindo um parêntese, observem o que Jesus fala com Pedro em Lc. 22:31-34: Disse também o Senhor: Simão, Simão, eis que Satanás vos pediu para vos cirandar como trigo; Mas eu roguei por ti, para que a tua fé não desfaleça; e tu, quando te converteres, confirma teus irmãos. E ele lhe disse: Senhor, estou pronto a ir contigo até à prisão e à morte. Mas Ele disse: Digo-te, Pedro, que não cantará hoje o galo antes que três vezes negues que me conheces”.
(No evangelho de João, encontra-se a identificação do discípulo que agiu destemperadamente – Jo. 18:10,11)
Pedro, espiritualmente ainda imaturo, precisava entender melhor o Espírito que havia em Cristo para, então, deixar-se guiar por Ele. Esta oportunidade, quase que no “apagar das luzes” de Sua presença física entre nós, não foi desperdiçada por Jesus.
“Guarda a tua espada, pois, quem usa de violência pela violência padecerá”. Em outra tradução, Cristo informa: “você não sabe de que Espírito Eu Sou”. “Jeová-shalom é o seu nome” (Jo. 14:27).
Jesus destaca à Pedro que, sua decisão deliberada de não-agressão à quem quer que seja, mesmo inimigo, não era por não possuir meios para confrontá-los. Diz Jesus: “Se eu quisesse, oraria ao Pai e Ele enviaria multidões de anjos para me defender”. Atente. Jesus estava tratando de sua própria vida e, de uma maneira mais abrangente, do princípio da autoridade. Jesus, voluntariamente, não quis demonstrar seu poder, nem defender sua vida. Havia um propósito maior.
Aí, irmãos, vão seguir a quem? O Cristo ou ao Sumo Sacerdote? Que armas vão utilizar? As carnais ou espirituais (2 Co. 10:4)? E aí, “Pedro”, vai guardar a espada ou não?
Esta decisão é tão importante que, ao final, saberemos quem é de Deus e quem não é; Ou, a depender de como ajam os dois grupos, não vai aparecer quem seja (1 Jo. 3:10, Mt. 5:9). Pensem nisto.

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