A Política Secular é Modelo Para a Política Religiosa?

(O Que Aconteceu Com a Assembléia de Deus na Bahia - Parte XV)

Ainda hoje, a organização mantém o mesmo sistema de escolha da liderança, e o que é pior, o mesmo sistema de submissão total das mais de quatrocentas congregações à liderança central. Sendo assim, ela se transformou numa máquina pesada, com engrenagens confusas e ásperas, que não se movimenta em direção alguma, calando os leais e agredindo a todos. Não dá para assimilar ou definir o que seja. Parece um aglomerado de gente andando no deserto por vários anos, quando em poucos dias deveriam estar em Canaã. Com esta amarração, a produção de autênticos obreiros ficou prejudicada.

Com o exemplo dos que habitam no topo da pirâmide, a atuação das lideranças congregacionais e setoriais se baseia na aplicação de métodos da política secular no gerenciamento da igreja. Não se repete dentro da seara cristã a máxima de que “para os amigos tudo, para os não-amigos, nada?” Entenda-se aí que amigo é aquele que concorda com tudo, mesmo aquilo que, no íntimo, não concorda, e não-amigo é aquele que, não concordando, se manifesta.

Não é isso que acontece quando alguém se posiciona contrário a determinada orientação que julga inadequada? Não estou falando de insubordinação pura e simples. Estou falando de manifestar respeitosamente sua desaprovação com relação a algum item que fere os princípios cristãos que devemos observar. Neste ínterim, o que sempre nos ensinaram é a superioridade dos preceitos bíblicos em relação aos preceitos humanos. Dito isto, a administração eclesiástica não pode se confundir com a administração secular.

No entanto, a política secular está tão enraizada no jeito de administrar do povo de Deus, que Superintendentes ameaçam retirar de congregação ou campo àqueles que não aderem ao seu “método” de trabalho. Quando persistem em não aderir, são enviados para àquela congregação ou campo onde as dificuldades são extremas. Em alguns casos, são simplesmente dispensados. Isto se chama retaliação.

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