A FÉ É COMO UM SALTO NO ESCURO
Outro dia me vi pensando na fé. O que ela realmente é? Ela é, como diz em Hb. 11:1, “o firme fundamento das coisas que se esperam e a prova de coisas que não se vêem?” Parei um pouco com a teologia e me lancei a vasculhar o que realmente a fé em Cristo representa pra minha vida.
Em meio aos grandes e pequenos percalços que a vida me impôs, fui lançado, como num relance, a encontrar resposta pra minha indagação. Descobri uma grande montanha e me vi no topo. Era noite. De repente, fui lançado para baixo, sem cordas, sem pára-quedas, sem colchão de ar me esperando no chão...
Retornei a mim mesmo e olhei em volta.
Quando me tiraram as cordas que nos atam as entidades religiosas, o pára-quedas das afirmativas dicotômicas e antagônicas dos líderes religiosos que nos condenam ou absolvem a seu bel prazer, e os colchões dos títulos eclesiásticos que amparam ou mitigam nossas quedas, fui empurrado para sala de aula do aprendizado espiritual mais profundo e consistente.
Quando me vi sem a eira nem a beira das facetas dogmáticas que rotulam e acomodam, percebi a solidão da vida religiosa, pois, os adereços que jogaram sobre mim ao longo da minha existência espiritual em nada representam a vida com e em Cristo. Por favor, não pensem que tudo foi ruim. Não. Muita coisa boa aconteceu, mas, em se tratando de fé em Jesus, o preço cobrado foi muito alto para um ser que prestará contas exclusivamente dos seus atos à Deus.
Aprendi.
A fé pra mim é um salto na escuridão silenciosa. Não há mais ninguém (Ap. 2:2). Agora é só eu e Deus. Estou no vácuo, em queda livre. Minha “única” esperança agora, é que Deus cumpra com Sua palavra, e Ele cumprirá.
Assim seja.
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