O PSC Nos Envergonha

Os jornais tratam das alterações protagonizadas pelos deputados federais no projeto de lei conhecido como "As Dez Medidas Contra Corrupção". Realizaram uma completa destruição do texto original encaminhado ao parlamento com apoio popular, alterando-o em pró dos desonestos.

No parlamento há um partido que utiliza o termo "cristão" em sua identificação, e tem como logomarca a imagem de um peixe (um dos símbolos do cristianismo). Trata-se do PSC - Partido Social Cristão. Espera-se que todos concordemos com o endurecimento das leis contra a corrupção neste país, especialmente, nós, os cristãos, tão ávidos por defender a moral e os bons costumes.

Eis que, na calada da madrugada, o Partido Social Cristão se alia a vários outros partidos, inclusive o corrupto PT, para mitigar as medidas contra a corrupção que, se não resolve o problema, aumenta o controle e as penas a serem aplicadas a quem comete desvios éticos e penais (Destaque-se: o deputado Erivelton Santana (PEN/BA), da Assembleia de Deus, também apoiou esta vergonha).

Nas alterações praticadas contra as medidas, o PSC, enquanto partido, endossou todas elas, envergonhando-nos como cristãos. O comportamento desse agrupamento político, que tem pastores em seus quadros, inclusive na presidência (Pastor Everaldo Dias Pereira - Assembleia de Deus), e aqui na Bahia é liderado pelo irmão Eliel Santana (filho do saudoso Pr. Rodrigo Silva Santana (in memorian)), deveria ser de protagonismo no endosso de tudo que coopere para impedir a corrupção e impor comportamento austero de nossos representantes.

Deveriam, invés de apoiar esta agressão a sociedade brasileira, apoiá-la, porque luta contra a imoralidade ética (nesse caso); invés de apenas apoiá-la, deveriam ir além. Por exemplo. O Senador Magno Malta lançou um proposta de redução do teto dos salários do funcionalismo público para R$ 15.000,00 (...). Como um Partido Cristão, deveriam se colocar ao lado do referido senador e dar corpo a proposta moralizadora, haja vista o disparate em relação ao salário mínimo de R$ 880,00 (...) pago aos trabalhadores "comuns" no Brasil. Aliás, porque não incluir a eliminação dos privilégios para as classes nababescas dos servidores públicos como políticos, magistrados, executivos, dentre outros (carros, motoristas, verba para combustível, passagens aéreas, jantares, viagens para turismo internacional disfarçadas de representação institucional, etc.)?

Como insisto aqui. Nossos políticos se identificam como cristãos apenas no discurso. Na prática, são tão iguais aos mais iníquos dos representantes do povo, que os torna condenáveis por serem mais injustos que os políticos indecentes e corruptos. Conhecem o padrão bíblico e tem o dever, pelo menos moral, de praticá-lo.

Eis as Palavras de Cristo:

"Pois eu lhes digo que se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus" (Mateus 5:20).

Das duas uma: Ou o PSC retira de si o viés cristão, ou passa a adotar comportamentos dignos de quem tem compromisso com Deus e sua Palavra. Tempo para o arrependimento ainda há.

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