A Família e o Dinheiro

Quando falamos de dinheiro, o que estamos procurando? O que precisamos para alcançar o que buscamos? Ao respondermos estas questões, poderemos entender um pouco sobre nossa necessidade de recursos financeiros. Se refletirmos que o que buscamos nos impele a ir, vir, comer, beber, vestir, cobrir, etc., terminamos por entender qual a razão e a importância das finanças para nossa subsistência.
 
Neste contexto, estudamos, aprendemos, nos qualificamos para o mercado de trabalho, que vai gerar oportunidades de emprego, que por sua vez, nos garantirá os recursos para essa nossa trajetória de vida. Com isto, agregamos à nossa trajetória, pessoas outras (mães, pais, esposa (o), filho (a), que serão companheiros nesta caminhada. Só que, ao agregarmos estas pessoas, absorvemos responsabilidades que demandarão maiores recursos financeiros. Eis aí, nossa preocupação e assunto a ser abordado aqui.
 
Finanças - ciência dos problemas financeiros.
 

I.          OBJETIVO DOS RECURSOS FINANCEIROS

 
Os recursos financeiros se constituem na base que sustentarão nossa trajetória de vida. Desta forma, podemos aprender que o dinheiro é um meio, não um fim em si mesmo. Como disse o pregador:
 
Ec 10:9 - “Para rir se fazem banquetes, e o vinho produz alegria, e por tudo o dinheiro responde”.
 
Lembrando da época do escambo, em que as pessoas trocavam as mercadorias de forma direta, sem a interferência do “vil metal”, vislumbramos como deve ser nossa relação com o dinheiro, muito bem citado pelo apóstolo Paulo à Timóteo:
 
I Tm 6:8 – “Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes.”
 

II.         COMO ADQUIRIR OS RECURSOS FINANCEIROS

 
Com o objetivo dos recursos claros em nossa mente e coração, podemos seguir em frente para conhecermos os meios de adquirirmos esses recursos que sustentam a nossa existência.
 
Em tempos de capitalismo selvagem, em que as pessoas se entregam à busca do dinheiro e do status que esse dinheiro pode lhe dar, é preciso fugir das armadilhas que estão a nossa volta. São os bingos, as loterias, as pirâmides, o engano, a fraude, o roubo, a corrupção e a sonegação. Quantas formas de ganhar dinheiro existem? Exceto se recebermos herança, só existe uma única forma real e legal de conquistarmos os recursos financeiros de que precisamos: TRABALHO.
 
Gn 3:19 – “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás.”
 
É apenas através do trabalho honesto que conseguiremos amparo financeiro para nós e nossa respectiva família. Qualquer que seja, braçal ou intelectual, formal ou informal, nos conscientizemos que apenas honestamente conquistaremos o ambiente propício para sobrevivermos e alcançarmos, com tranqüilidade, os objetivos de nossa existência.
 

III.       GERENCIANDO NOSSOS RECURSOS FINANCEIROS

 
Diz-se que todo brasileiro, com mais de 45 anos, aproximadamente, é formado pelo Estado em economia, haja vista, os inúmeros planos outrora colocados em prática por nossos governantes, com o objetivo de equilibrar as finanças brasileiras. Apesar dos dissabores causados a muita gente, estes planos econômicos nos ensinaram muitas lições com relação ao gerenciamento de nossos recursos financeiros. Dentre as quais destacamos:
 
1.   É preciso saber quanto arrecadamos e quanto gastamos;
 
2.   É preciso ter controle do que arrecadamos e gastamos;
 
3.   Não se pode viver o tempo todo gastando mais do que se arrecada;
 
4.   Não se resolve problemas financeiros com mágica;
 
5.   A melhor solução é colocar a casa em ordem.
 
As lições estão aí, no entanto, ainda nos resta a escolha de como queremos aprender, já que, ou aprendemos com o esforço da conscientização individual e familiar, ou aprenderemos com as “marteladas” que a vida nos dará, a nós e a nossas famílias.
 
Gn. 41:33 – “Portanto, Faraó, previna-se agora de um homem entendido e sábio, e o ponha sobre a terra do Egito.”
 

IV.       DICAS PARA SAIR DA CRISE FINANCEIRA

 
Para que haja um orçamento eficaz, é preciso levar em consideração o momento presente em que vivemos. Estamos de “vento em popa” ou “mergulhados na lama?” Alguns podem estar em equilíbrio financeiro, outros, em meio a uma crise financeira sem precedente. Queremos ajudar, dando dicas que auxiliarão na retomada e manutenção do equilíbrio financeiro familiar.
 
1.   “Estou Em Crise!” Dicas Que Podem Ajudar:
 
a)   Se sua esposa (o) e filho (a) em idade produtiva, não trabalham, proponha-lhes buscar um emprego. Isto será bom para eles, enquanto pessoa, e bom para o reequilíbrio financeiro familiar;
 
b)   Fuja do empréstimo bancário, cheque especial, crédito de cartão, agiota, empréstimo consignado, etc. Afinal, quem está afundando, deseja sair do poço, não afundar ainda mais;
 
c)   Corte o endividamento crescente;
 
d)   Feche o bolso, a boca, amarre as mãos (não assine cheque pré-datado, crediário, etc.). Vale a pena fechar o bolso por um prazo, quando se almeja qualidade de vida. Passa rápido;
 
e)   A tranqüilidade e a paz não devem ser sacrificadas nem mesmo para se ter o “nome limpo”;
 
f)    Crie um plano de contingência para lidar com a crise:
 
Ø  Reduza a conta de luz (substitua lâmpada incandescente por fluorescente, evite o abre e fecha da geladeira e freezer (você precisa mesmo do freezer?);
 
Ø  Reduza a conta de água (Feche a torneira quando estiver escovando os dentes, lavando as mãos e fazendo a barba; reutilize a água do banho para o vaso sanitário, lavar área de serviço, etc);
 
Ø  Reduza a conta telefônica (Avaliar se precisa mesmo do telefone);
 
Ø  Reduza a conta do supermercado (Elimine supérfluos.);
 
Ø  Proponha aos seus filhos receberem 30% de toda despesa familiar que eles conseguirem economizar;
 
Ø  Renegocie suas dívidas direto com os credores. Exponha sua situação e proponha um parcelamento nas condições que você possa cumprir. Em último caso, recorra ao Juizado Especial de Defesa do Consumidor.
 
2.   Dicas de Economia Doméstica:
 
a)   Tenha e respeite um orçamento de renda e gastos;
 
b)   Evite fazer compras de supermercado sem antes se alimentar. A fome estimula o impulso em consumir supérfluo;
 
c)   Os vendedores estão cada dia mais eficientes em tratar com carências, impulsos e desejos. Não se deixe motivar pelo consumismo;
 
d)   Resista a supérfluos. O prazer que eles proporcionam dura pouco. O arrependimento dura muito;
 
e)   O melhor remédio para dívidas é pagar a vista. Só recorra a créditos disponíveis no mercado financeiro, para casos extremos, como compra de remédio, pagamento de consultas emergenciais, acidentes, etc;
 
f)    Quando quiser comprar algo, deixe reservado e prometa ao vendedor que, se resolver adquirir, voltará no dia seguinte para finalizar a compra. Você sairá do impulso e terá mais chance de pensar e planejar;
 
g)   Não se endivide até o limite do orçamento, lembre-se: “Existem mil formas inteligentes de se ganhar dinheiro... mas apenas uma de se gastar: menos do que se ganha”;
 
h)   Não empreste seu “nome” para “amigo” comprar. Uma pessoa que não tem crédito no mercado e pede a um amigo o “nome” emprestado para financiar algo... se sente muito sozinho e quer companhia no SPC e SERASA;
 
i)    Mantenha um fundo de reserva para cobrir despesas extraordinárias. Assuma consigo mesmo, em qualquer condição, o compromisso de poupar pelo menos 10% de seu salário todo mês. Um dia você vai se surpreender;
 
j)    O seu décimo-terceiro não foi criado para pagar dívidas. É maravilhoso receber o décimo-terceiro e férias sem ter dívidas para pagar. Comece a programar isto agora!
 
k)   Seja previdente (O sonho de faraó (sete vacas gordas / sete vacas magras – Gn 41:18-20))
 

V.         PRINCÍPIOS PARA VITÓRIA NA VIDA FINANCEIRA

 
É preciso ainda preservar alguns princípios cristãos para que nossa vida financeira seja plenamente saudável. São eles:
 
1.   A ênfase bíblica despertada na doutrina do dízimo e das ofertas voluntárias é a “solidariedade e a generosidade” (Ml 3:10; Mt 23:23; Tg. 1:27; Ef. 4:28; 2 Co. 9:1-13). É a disposição de repartir e colaborar com o outro;
 
2.   Dever só o amor (Rm 13:8);
 
3.   Melhor coisa é dar do que receber (At 20:35);
 
4.   Fuja da ganância (Pv 28:8) e da avareza (I Tm 6:10);
 
5.   Saiba viver em todos os momentos, independente das circunstâncias, dando graças a Deus (Fl 4:12,13; 1 Ts 5:18).
 

CONCLUSÃO

 
Deus se compromete a estar conosco em todos os momentos da nossa jornada, nos animando, corrigindo, orientando e ajudando a superar as fases difíceis de nossa trajetória. Em se tratando de família, Deus se aproxima ainda mais do homem, pois tem promessa específica de ser abençoada por Ele (Gn 12:3; 28:14).
 
Sl 91:1,10 – “Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. 10 Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda.”
 
Sl 128:1-6 - “Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos. 2 Pois comerás do trabalho das tuas mãos; feliz serás, e te irá bem. 3 A tua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos como plantas de oliveira à roda da tua mesa. 4 Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor. 5 O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida. 6 E verás os filhos de teus filhos, e a paz sobre Israel.”
 
FAMÍLIA PRÓSPERA É AQUELA EM QUE CRISTO ESTÁ PRESENTE, ATRAVÉS DA JUSTIÇA, DA PAZ, E DA ALEGRIA NO ESPÍRITO SANTO. (Rm 14:17)

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