Quem Vai Misturar os Bilhetes???
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Texto do Pr. Felipe C das Virgens |
Após o triste fim de Judas Iscariote (suicídio), Pedro reuniu cerca de
120 pessoas, Apóstolos e Discípulos, em assembléia, a primeira da Igreja
Cristã. Em um ambiente espiritual, peculiar ao assunto que deveria ser tratado,
O apóstolo Historiou os fatos sobre Judas, cita Salmos e mostra que deveria ser
escolhido outro para a vacância ocorrida no grupo apostólico.
Na palavra introdutória, Pedro mostra que os candidatos à eleição para
ocupar a vaga deviam ser escolhido dentre aqueles varões que conviveram com o
Senhor Jesus e se tornaram seus discípulos, sendo testemunha da ressurreição e
da ascensão de Cristo.
José Barsabás, o Justo, e Matias, foram os dois apresentados por preencherem os requisitos mencionados por Pedro, não houve concessão, protecionismo ou apadrinhamento. Oraram ao Senhor, rogando que Ele, conhecedor dos corações e das necessidades, mostrasse quem deveria ser o escolhido. Depois da oração lançaram a sorte e esta caiu sobre Matias, sendo ele, então, contado entre os Apóstolos.
José Barsabás, o Justo, e Matias, foram os dois apresentados por preencherem os requisitos mencionados por Pedro, não houve concessão, protecionismo ou apadrinhamento. Oraram ao Senhor, rogando que Ele, conhecedor dos corações e das necessidades, mostrasse quem deveria ser o escolhido. Depois da oração lançaram a sorte e esta caiu sobre Matias, sendo ele, então, contado entre os Apóstolos.
“Os bilhetes da sorte lançam-se numa dobra do vestido, mas o Senhor é
quem os tempera” (PV 16:33). Dá-nos a idéia de que nomes estão nesses bilhetes,
mas quem os mistura é Deus...
Se esse foi o método usado na citada assembléia para a escolha do
sucessor de Judas, não acho forçoso dizer que, a co-participação de Deus foi
determinante para o bom desfeche da eleição, lembremo-nos que antes de lançarem
a sorte foi feita uma “fervorosa” oração clamando a Deus pela intervenção num
processo tão delicado e nobre, daí concluirmos que, a oração sempre foi e é
imprescindível para que Deus tenha misericórdia e projete sua divina luz, fazendo
imperar a sua soberana e sapientíssima vontade, principalmente nas decisões
apostólicas.
Um observador casual diria que foi uma mera coincidência, afinal, tinham
dois nomes, um tinha que ser escolhido, foi lançada a sorte e caiu sobre
Matias... Prefiro ser “espiritual” e dizer que quando a Assembléia está na
direção de Deus, os nomes são colocados nos bilhetes, mas Deus se incumbe de
misturá-los afastando qualquer hipótese de aposição, injustiça, tirania... E os
ressentidos podem ser vistos como MEROS POLÍTIQUEIROS, aproveitadores de
situações, muitos deles até por dinheiro ou cargos de confiança que lhes dariam
status Eclesiástico.
Não tenho dúvidas, Deus foi quem escolheu Matias. Oraram, pedindo a
direção divina. Hoje não se usa mais a sorte no ambiente cristão, “Que azar...”
Para as eleições eclesiásticas podemos ter os escrutínios secreto, ou o voto
secreto, mas tudo isso deveria ser sob o manto da oração, pedindo a Deus que
ilumine. O método pode variar, mas, no sentido de se tornar mais transparente e
acessível, livre de qualquer tendência, injunções reprováveis, que não condizem
com o espírito cristão, parece utopia essa minha pretensão, mas só estou
querendo me livrar da incerteza...
“Assim é na vida, tudo que acontece pode ser sorte ou azar. Depende do
que vem depois... (Dr. Lair Ribeiro)”.
Às vezes tenho a impressão de que na prática estamos sob essa
perspectiva secular, tomamos decisões ministeriais aventureiras, sem nenhuma
segurança, sem temor, sem direção, os bilhetes são colocados abertos, não
precisa misturar... Entramos num processo “eleitoral” Eclesiástico, num
comportamento mundano, campanhas agressivas, desrespeitosas, injuriosas,
caluniosas, inimizades são construídas, ao término da “batalha”,
ressentimentos, mágoas, sentimento de vingança, retaliações, facções,
perseguições, adversários “políticos”...
Fico imaginando o júbilo que invadiu os corações dos Apóstolos no final
daquela Assembleia, até mesmo de José Barsabas, o outro candidato... Ele sabia, haviam orado, pediram direção de Deus,
Matias foi o escolhido, aquela era uma decisão que só daria certo se fosse
dentro da vontade de Deus.
Por que, como nunca, tantos querem fazer parte da mesa diretora de uma convenção de Ministros ou Igrejas? Qual motivação? Contribuir para uma “instituição” mais forte, ou se locupletarem do PODER e alcançarem ou conquistarem posições ou campos tão desejados, não pelo que podem produzir, mais, pelo que querem usufruir??
Candidatos imaturos, fanfarrões, inexperientes, egoístas, egocêntricos,
interesseiros, uns com projetos mirabolantes, outros com projetos pessoais,
querem ser por que é um sonho estar na mesa... Sonho para eles, pesadelo para a
Instituição
(?) Alguns com planos que só amanhã saberemos...
“Assim é na vida... Depende do que vem depois...”
Quem vai misturar os bilhetes???.
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