Político Cristão Tem a Responsabilidade de Ser Diferente
É natural que o
político defenda os pontos de vistas do segmento que ele representa, e por esta
atitude, ele seja contestado ou reprovado pelos representantes de outros
segmentos sociais. Na democracia, isto é normal e o que se espera dos
vereadores, deputados e senadores. No entanto, há no
Brasil de hoje, uma grave crise ética envolvendo o Parlamento e os políticos de
modo geral.
Com a popularidade que só ganha de galinheiro (e olhe lá), são,
invariavelmente, taxados de preguiçosos, em decorrência das imagens de plenário
vazio, dos recessos, viagens nababescas disfarçadas de viagens de interesse
público, são conhecidos pelos altos salários, auxílio-moradia, verbas
parlamentares das mais distintas e absurdas, passagens aéreas e os dezenas de assessores que são pendurados no
parlamento apenas para sangrar o dinheiro da viúva (Segundo estudos, só para este ano o orçamento do Congresso foi de R$ 6.068.072.181,00, o que representa um custo de R$ 11.545,04 por minuto. Este valor corresponde, aproximadamente, a 18 salários mínimos pagos aos demais trabalhadores.), enfim, os políticos brasileiros,
de maneira geral, são conhecidos como “a maior e pior chaga que a democracia
produziu”.
Neste contexto, o
segmento evangélico brasileiro, pelo crescimento quantitativo que vem experimentando
nos últimos anos, despertou-se para a necessidade de ter seus próprios
representantes nas diversas câmaras no Brasil. Como passo natural numa
democracia, o voto é o seu instrumento de decisão no que diz respeito aos seus
representantes.
Os cristãos são
conhecidos como aquelas pessoas que decidiram aderir ao plano salvífico de
Cristo, exposto na Bíblia e, especificamente, nos evangelhos, sendo investidos
não só na missão de salvação da alma, mas, na mudança de comportamento em
relação àquelas atitudes éticas que são reprováveis pelo senso comum, como por
exemplo, as atitudes e o modo de vida dos nossos parlamentares.
Como representantes
deste segmento, o que se espera dos políticos cristãos, é que adotem um
comportamento ético exemplar. Verbas parlamentares sendo usadas com rígido
controle, viagens desnecessárias recusadas, recusa em transformar seus
gabinetes em cabides de empregos para familiares e amigos, benesses salariais extras
devolvidas ao erário público, assiduidade e empenho na votação daquelas
questões importantes para o país, recusa em participar do famoso “toma-lá-dá-cá”
vergonhoso na relação com o governo, enfim, um comportamento que dignifique o
cristianismo e, por conseguinte, o próprio parlamento.
O que se vê dos
representantes cristãos é, no mínimo, omissão quanto a esses graves problemas,
e quando algum segmento no tecido social se faz ouvir com uma voz de protesto,
imediatamente levantam a bandeira em defesa da democracia como justificativa
para manutenção dos comportamentos absurdos promovidos pelos nossos edis atuais.
Mas, é preciso dizer,
tudo tem limite. Há, no meio da população, na surdina, um clamor por uma ação
militar que retome o controle da lei e da ordem que não funciona nas mãos dos governos
civis até então. O apoio da população às greves dos policiais militares é
apenas um indício deste sentimento social. É preciso que se diga: “a maioria
dos brasileiros não são anárquicos, são pessoas decentes que sabem viver num
ambiente de ordem e respeito”.
O que o segmento
evangélico espera de seus representantes é que eles, além de não participarem
desta política baixa, batalhem pela interrupção destes desmandos e desta
agressão que o parlamento brasileiro promove contra seus cidadãos de bem. Que
sejam dedicados e aguerridos na defesa dos interesses cristãos, sendo, também,
aguerridos e dedicados na defesa dos interesses de uma população que deseja um
país forte com equidade, fraternidade e justiça social.
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