A Assembléia de Deus Precisa de Uma Reforma

"Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas 6:7).

Todas as vezes que escolhemos armas ilegítimas para lutar por coisas espirituais, teremos como consequência, as mesmas armas usadas contra nós. Jesus Cristo, Mestre e Senhor, afirmou esta verdade para Pedro quando este, desejoso de defendê-lo com armas ilegítimas, cortou a orelha do soldado Malco (Mt. 26:52). Determina Cristo que guardasse a espada, pois, quem com espada ferisse, seria ferido pela espada.

Alguns dentre o povo de Deus parece não entender os ensinos de Jesus e, deliberadamente, se utiliza de armas carnais para conquistar aquilo que suas vãs concupiscências os motiva. Cheio de si mesmo, arrogantes, pressunçosos, iracundos, irascíveis, irreconciliáveis, mais amantes dos deleites do que de Deus, empunham espadas e distribuem socos, pontapés, agressões verbais e "judiciais" a ponto de agirem como selvagens na ânsia pelo poder, status e dinheiro.

Na guerra que se estabeleceu na Bahia pela igreja Assembléia de Deus em Salvador, tendo como protagonistas os Pastores Valdomiro Pereira (CEADEB) e Israel Ferreira (CONFRAMADEB), alguns integrantes dos distintos partidos assumiram armas, no mínimo, inadequadas e escandalosas para defenderem seus pontos de vista.

Hoje, aproximadamente, dezenove (19) meses após o ápice da contenda, o que se vê é a continuidade das mesmas práticas antes entendidas como erradas na administração das congregações vinculadas aos campos da CEADEB e da CONFRAMADEB. Centralização de recursos, subserviência, crescimento descontrolado e desqualificado, pessoas imaturas e neófitas elevadas a condição de obreiros e colocados à frente de congregações, divisão e retomadas de templo na base do "cadeado", enfim, "é a semente que germina".

Um saco de farinha cortado ao meio, dará origem a dois montes de farinha separados. Entretanto, a lógica nos remete a constatar que, apesar de geograficamente distantes um do outro, é, todavia, "farinha do mesmo saco".

À boa igreja Assembléia de Deus na Bahia foi oferecido por Deus a oportunidade ímpar de mudar, de escolher novos caminhos, ou melhor, o velho e bom caminho da Palavra de Deus, porém, a escolha que fazem é a da prática de coisas que outrora condenavam, ignorando os sábios conselhos divinos e se impondo pela força, pela brutalidade e pelo exercício do mal.

Àqueles campos onde a prática de conceitos humanos se sobrepõe aos conselhos divinos, prosseguem em sua toada rumo a dor, a angústia e a imobilidade. Os novos campos, que deveriam aproveitar e protagonizar uma "reforma" de conceitos e métodos na administração dos negócios divinos, copiam àquelas ações que já testemunharam não trazer bons resultados.

O que nos resta é, infelizmente, a porta de saída. O povo de Israel passou quarenta anos no deserto, exatamente para, pelo correr do tempo, expurgar uma geração doente e desobediente contumaz. Morreram no deserto, na sequidão. No final dos quarenta anos, uma nova geração atravessou o Rio Jordão e ganhou as batalhas de uma nova terra.

Com uma nova liderança que tenha como referência os bons exemplos de servos de Deus íntegros que ainda existem, e determinados a um esforço máximo no cumprimento dos conselhos divinos, a Assembléia de Deus na Bahia e, especialmente em Salvador, precisa assumir a visão de Cristo e encampar uma reforma sincera de suas práticas e do seu jeito de proclamar o Reino de Deus em terras baianas.

É preciso, antes de qualquer coisa, que o líder aprenda a renunciar o seu "eu". Vou tornar mais claro essa renúncia. Renunciar é abrir mão de salário pastoral enquanto a igreja atravessa este período de crise financeira, é abrir mão da casa de praia e se contentar com o "apertamento", é vender o Honra Civic e andar de Gol 1000 e esses recursos serem entregues na igreja para ajudar na quitação de dívidas e construção de templos para abrigar o povo, é viver com o estritamente necessário, é não depender do salário pago pela igreja quando já possui aposentadoria pelo INSS, é entender que nesse momento a igreja precisa se recompor moralmente, financeiramente e espiritualmente. Quem disse que ser líder é fácil? Ser um referencial não é fácil, ao contrário.

Vivendo o momento em que vive a Igreja Assembléia de Deus na Bahia, é preciso que cada um no todo, assuma sua parcela de sacrifício. Aos líderes é exigido mais, afinal, à quem muito é dado, muito é cobrado. Se não suporta ser líder de um povo pobre e com grandes demandas a suprir, vai fazer tendas e vender na feira e seja feliz.

A Igreja Assembleia de Deus na Bahia e, especialmente, em Salvador (incluindo as dois segmentos - CEADEB e CONFRAMADEB), para se levantar, tem que reformar. Reforma de coração, de mente e de espírito. Quem se habilita?

"E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra " (2 Crônicas 7:14).

O povo do Senhor que ama a Assembléia de Deus espera...

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